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Mostrando postagens de julho, 2006

Helen Keller, Sofrimento e Otimismo

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"Apesar de o mundo estar cheio de sofrimento, ele também está cheio de superação. Meu otimismo, por isso, não repousa sobre a ausência do mal, mas na grata crença da preponderância do bem e no esforço contínuo de cooperação com o bem, para que ele prevaleça." Helen Keller (27/06/1880 - 01/06/1968) Estou sempre me perguntando o porquê de reclamarmos tanto da vida. Sabemos que cada um de nós, se formos perguntar individualmente, terá sua explicação. Agora, ter uma explicação para uma reclamação significa dizer que a explicação justifica reclamarmos da vida? Muito poucas vezes a resposta a essa pergunta é positiva. A foto acima, como podem perceber, foi tirada na graduação de uma estudante. Poderia ser mais uma daquelas fotos de graduação que todos os anos povoam os álbuns fotográficos de milhares de pessoas ao redor do mundo. Mas não é apenas mais uma dessas fotos. Essa aí é Helen Keller graduando. Talvez para muitos o nome já seja por si só forte o suficiente para que essa min

Que pressão?

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Introdução Sei que o post vai ficar imenso. Muito maior do que eu imagino que vai. Mas vai assim mesmo. Como é algo muito importante pra mim, devo publicar. E, se pelo menos um de vocês o ler inteiro, já terá valido a pena. Escrevi o texto que se segue a essa introdução há mais de um ano. Mais precisamente comecei e terminei de escrevê-lo em um dia no comecinho de maio de 2005. Deixei-o guardado por esse tempo todo e quase ninguém o leu. Não sabia nem o porquê de tê-lo deixado guardado. Alguns dias atrás descobri. Meu Pai, Painho - como o chamamos em casa - está lançando seu mais novo filhote. Já é o seu 11º livro. A capa está logo acima. Espero que possam ir ao lançamento do livro que será dia 04 de agosto próximo, uma sexta-feira, a partir das 19h, com uma pequena palestra e chás, sucos e autógrafos. Será na CDL - Câmara de Dirigente Lojista de Natal (R. Ceará Mirim, 322, Tirol, quase esquina com Prudente de Morais). Já no dia 8 de agosto, o lançamento será em Fortaleza, no Centro Cu

Amizade

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"Quem me conhece sabe o quanto eu sou chato. Sabem também que faço questão de ser chato. Chatice, segundo eu mesmo, poderia ser meu nome do meio (ainda bem que não é). :D E o que tem a ver falar tanto de chatice num post sobre a amizade? Bom, é que por causa da minha descobri algo que vai parecer coisa de chato." Era assim que iria começar esse post. Mas decidi mudar depois da fazer mais algumas pesquisas. Assim, como um bom chato, não apago o que já escrevi e corrijo o que ia escrever antes de na verdade tê-lo escrito (sei que está confuso, mas se lerem algumas vezes talvez entendam). O post começa realmente no próximo parágrafo. Sempre duvido das coisas que aparentemente são colocadas como verdades universais e inquestionáveis. Num paradoxo pessoal, sempre acredito nas pessoas. Parte do pressuposto da lei que diz que "todos somos inocentes até que se prove o contrário". Assim, acreditando no que as pessoas me dizem, dou sempre o meu voto de confiança e demonstro t

Ser bonzinho

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Reuters - Thief compensates victim for stolen bike (Inglês) Um tempo atrás, creio que por volta de uns nove a dez anos, fui assaltado em Natal. Na verdade não fui eu pessoalmente, mas o meu carro foi aberto e levaram algumas coisas de dentro. Foi realmente uma surpresa ao chegar no carro depois de uma tranqüila noite de sono e perceber que algumas coisas tinham desaparecido. Na verdade, hoje passado tanto tempo nem tenho mais certeza do que foi que levaram. Mas não me esqueci do assalto, por causa de um fato insólito, pelo menos para mim na época. O ladrão não quebrou nada no carro. É, ele não arrebentou a porta nem quebrou vidro para poder roubar coisas do carro. O único dano que fez foi cortar a borracha que segurava um dos vidros, retirou o vidro, fez a limpeza e depois, muito educadamente, colocou o vidro dentro do carro, no banco de trás junto com a borracha, que naturalmente não mais servia de nada. Lembro-me muito de um comentário do meu irmão: "Sabe se eu fosse ladrão, eu

6000 obrigados

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Semana passada, dia 11 de julho, fez exatamente um ano que eu coloquei um contador de acessos no Pensações. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram no mundo. A guerra ainda continua, o Brasil não trouxe a copa esperada, algumas pessoas queridas partiram, outras renasceram, ficamos mais velhos mas mais experientes, fizemos amigos e renovamos amizades antigas. E o Pensações atingiu, graças a vocês a marca de 6000 acessos nesse mesmo período. Isso significa que o Pensações recebeu, aproximadamente 16 visitas por dia, UAU. É muito bom saber disso e que, não apenas por isso, espero cada vez mais trazer visões realistas, mas sempre positivas acerca do mundo em que vivemos. Gostaria de agradecer do fundo do coração à imensa bondade que vocês, meus amigos, continuam tendo de fazer uma visitinha de vez em quando por aqui. Seja ela para passar o tempo, para refletir, para corrigir meus erros de português, para concordar comigo, ou para discordar de mim. Espero que esses sejam os primeiros 6000

Essencial

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Disse um imenso personagem: "O essencial é invisível aos olhos." E é engraçado como cada dia mais a gente, apesar de saber o quanto isso é verdade, acaba se esquecendo disso. O que temos visto de essencial em nossas vidas? Temos visto com os olhos ou temos realmente visto por trás do que vemos? Eu acredito sinceramente que esta frase, mesmo quando analisamos apenas a nossa visão literal é ainda muito verdadeira. E hoje, mais uma vez tive a comprovação disso. Esta foto a seguir é de algo que vemos todos os dias. Quer dizer, que achamos que vemos. Muitas vezes nem sequer a vemos nem agradecemos por ela estar lá. Dá-nos muito e quase sempre dela só reclamamos. Quem saberá dizer o que é sem ler o restante do post? Espero que todos nós, tenhamos olhos verdes, azuis, negros, castalhos, claros, escuros, usemos óculos ou não, possamos pensar um pouco a respeito de como andamos enxergando o mundo ao nosso redor. O que temos visto? Será que temos conseguido enxergar só a maldade que es

L' Ange Bleu

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O Anjo Azul, esse é o codinome pelo qual os franceses chamam Zizou (seu apelido). Mas ontem, com a expulsão na final da copa, alguns jornais o chamaram de "le diable", ou, o diabo. Zinedine Zidane, apesar disso, foi ainda considerado o melhor jogador da Copa. (Acima uma seqüência de fotos do momento da cabeçada até sua saída do estádio, "fugindo" da taça de campeão. E Jacques Chirac, presidente Francês, como que a dar um sermão nele, nesta manhã, na chegada da equipe de volta à França. Abaixo, o mesmo Chirac cumprimentando-o pela Bola de Ouro) Aos 34 anos de idade, o meio de campo, que foi considerado o melhor do mundo em três ocasiões (1998, 2000 e 2003) deixa os gramados sendo considerado vencedor por uma carreira brilhante, mas com um gosto bem amargo na garganta. Diz o ditado popular que a primeira impressão é a que fica. Infelizmente, em toda e qualquer conversa que girar em torno dele agora não será apenas a primeira impressão que ficará. Que o anjo azul que t

Copa 2006

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Mais quatro anos de espera por um mês de pura emoção. Poucas coisas no mundo se igualam a uma Copa do Mundo de Futebol. Não foi a Copa que os brasileiros sonharam e o resultado foi muito diferente do que a maioria do mundo previu. E essa é uma das maiores magias que só o Futebol pode proporcionar: nem sempre o "melhor" ganha. As supresas são constantes e essa imprevisibilidade torna esse o esporte mais popular do mundo. Itália Campeã e agora mais próxima do Brasil em termos de títulos. Pena que ainda está longe em termos de qualidade. Mas podemos aprender com ela como jogar em equipe. Sou fã incondicional de Zizou, mas isso não significa que aprovo o que ele fez. Infelizmente sua atitude manchou um pouco a sua despedida do futebol. A França foi vice e os Campos Elíseos amanhecerão mais tristes. A maior copa de todos os tempos. Os anfitriões, apesar de terem ficado em terceiro, terminam a copa de cabeça erguida, pois terminam vencendo o seu último jogo e demonstrando que sabem

Nascer de novo?

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Telegraph | News | Crash victim's parents held vigil at bedside of wrong boy Os pais austríacos deram graças a Deus pois seu filho, envolvido num acidente automobilístico há aproximadamente quatro meses, estava saindo do estado de coma. Durante esse período eles não saíram de perto, se revezando ao seu lado no hospital. Meses antes disso, quatro rapazes saíram de carro e sofreram um acidente. Dois, de nomes Stefan Harder e Enis Memic morreram logo após. O terceiro, Stefan Welik, algumas semanas depois foi liberado do hospital. Só este rapaz, Thomas Remschnig, em estado gravíssimo e praticamente irreconhecível, ainda estava no hospital. Por isso, depois de todo esse tempo cuidando, alimentando, dando banho e carinho, os pais estavam finalmente aliviados. Iriam ter seu filho de volta. Ele nasceu de novo. Infelizmente os pais não. Quando o rapaz recomeça a tomar consciência, em vez de falar austríaco, começa fala sérvo-croata e em vez de se dizer Thomas, se diz chamar Enis. Numa terrí

Tempo

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O tempo é uma das coisas mais interessantes sobre as quais o ser humano pode pensar na vida. Muitas coisas já foram escritas sobre ele. Muitas outras foram pensadas. Mas, quanto mais se pensa parece-se que será preciso ainda mais tempo para pensar sobre ele e se chegar a alguma conclusão. Não estou aqui para dar respostas sobre o tempo, mas para gastar um pouco do seu com algumas perguntas que, apesar de que para uns poderão parecer perda de tempo e fáceis demais de responder, se quiserem se demorar mais nelas, verão que serão necessários muitos verões para refletirmos sobre as mesmas. O tempo passa? Tudo que passa tem velocidade. Se o tempo passa, qual a velocidade com que ele passa? Velocidade é algo que tem que ser medido com relação a alguma coisa. Um carro a 100Km/h se move nessa velocidade em relação ao chão, imóvel. Se o tempo passa e tem velocidade, em relação a que estamos medindo a velocidade do tempo? É o tempo que passa ou somos nós que passamos pelo tempo? Ou nenhuma das d

pensacoes.com

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Sempre que posso, gosto de trazer novidades sobre o Pensações. Uma delas foi a criação de algumas seções, chamadas PenSeções , onde aos poucos estou juntando os posts semelhantes, para uma melhor organização (para os que gostam de ler mais sobre algum tipo de pensação que eu escrevo). Na minha última grande atualização de seções, fiz uma marca para uma das que mais gosto de fazer que é a " Pensadores e Pensações ". Para esta marca utilizei figuras dos pensadores que usei em pensações anteriores (veja a figura logo abaixo) e pedi para que vocês identificassem as pessoas que estavam na composição. Falei no post que daria um prêmio para os que adivinhassem ao menos um nome. Recebi alguns nomes corretos (aguardem pelos prêmios), mas nem todos foram identificados ainda. Assim, espero que vocês possam identificar os que restam. Mas, a novidade de hoje é ainda maior, apesar de poder parecer pequena. Sendo um "rato de internet" (na verdade essa expressão é "rato de seb

Apelido

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Watertown, MA - 17 de maio de 2006 Ela se chamava Renata. Mas era conhecida como Natu. Ela era sozinha, logo, foi ela mesma que se apelidou. Vivia num lugar escuro e tinha um companheiro apenas. Era o Tempo. Não tinha com quem brincar, com quem conversar. Assim, falava sozinha o tempo todo. O Tempo respondia, mas ela não conseguia entender o significado. O que ela ouvia era mais ou menos assim. "Renata, hora... Hora..." Mas ela sempre deixava pra lá. Dizia a si mesma: "O que o Tempo quer me dizer com isso? Sei que é hora. É sempre hora. Mas é hora de que?" A luz que havia era tão fraca que a única cor que se via naquela lugar era o branco. Na verdade, ela via cinza por falta de luz, e todas as outras cores - se é que existiam - eram vistas como preto. De vez em quando ela perguntava ao Tempo: "O que eu posso fazer de útil Sr. Tempo?" E a resposta vinha sempre a mesma, com pequenas alterações de quando em vez: "Natu, hora..." Revere, MA - 23 de m

Perdemos e ganhei

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Um dia depois, resta-nos a esperança. Sentimento que nos renova a alma e nos dá a certeza de que podemos e que devemos trabalhar e nos melhorar sempre. Hoje pela manhã, lendo as notícias no UOL acerca da copa, deparei-me com declarações muitíssimo interessantes de Eusébio, antigo jogador de Portugal que na Copa de 1966 terminou em terceiro lugar, acerca do seu time. Naquela Copa, Portugal perdeu para a Inglaterra por 2 a 1. Numa entrevista, quando questionado se a partida de ontem, em que Portugal derrotou os ingleses nos pênaltis, era uma revanche por causa da derrota em 1966, ele falou: "Isso não é revanche", disse Eusébio à emissora de televisão SIC. "No futebol essa palavra não existe." Tinha sido chamado a atenção alguns minutos antes por um comentário ao meu post anterior "Brasil e França" que me disse: "sem revanches". Duas vezes em alguns minutos, essa palavra me chamou a atenção. Revanche. Quem acompanha esporte sabe o que é competição.

Brasil e França

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Não escrevi nada sobre a Copa até agora, mas hoje é um dia especial. Mais uma vez nas copas o Brasil vai encontrar com a França em um jogo. Esse não é um confronto inédito. Quem não se lembra da final da Copa de 1998 na França quando o Brasil perdeu para realmente o melhor time daquela Copa? 3 a 0 incontestáveis e uma Brasil irreconhecível. Mas Zinedide Zidane (ao lado) e companhia realmente jogaram muito. Precisamos acabar com essa história de sempre querer achar culpados para as coisas de "ruim" que acontecem conosco. Precisamos dar a César o que é de César. A França jogou muito naquele dia. Ponto final. Entretanto, o confronto de 98 foi precedido por um de 1986. Com os resquícios de uma seleção que foi considerada a melhor seleção de todos os tempos a não ganhar uma copa - a Canarinho de 82 com Telê Santana - o Brasil de Zico, Sócrates, Careca e Casagrande em 86, ainda comandados pelo mestre Telê, caiu nos pênaltis após um empate de 1 a 1 com a França de Michel Platini (ao