Pensações

Hoje é sexta-feira. A certeza da chegada é de quase 100%, mas quando será?  Como não há uma programação humana, pode ser ainda hoje, mas também, é claro, pode ser depois.  Amanhã? Hoje sei que sim. Eles também. Mas, e naquela época? Falta apenas um dia. Na verdade, menos de um dia. Apenas algumas horas. Agora falta menos de uma hora para chegar amanhã. Se bem que em outros lugares do mundo hoje já é amanhã, mas como ainda estou onde hoje é hoje, ainda tenho tempo para terminar esse texto de hoje. Se bem que não tenho certeza que conseguirei. ===+++=== Foi graças a eles que eu cheguei. É também graças a eles que estou aqui. Lembranças, memórias são coisas fugazes, especialmente para mim. Será que o que lembro, do que lembro é de fotos, de histórias que me contam ou é de registros reais gravados em minha mente? Não sei e não tenho como saber de verdade.  Sei de algo, entretanto, que me acalenta. Vendo fotos antigas e olhando para o meu coraçã

Os dias passavam. A alegria chegava e eu ainda não sabia. Sempre pensei em ser pai. Em ser avô. Cheguei a achar que não seria. Nunca sabemos do futuro. Mesmo. Entretanto, parece que, mesmo tendo certeza disso, no fundo sempre duvidamos e acreditamos que sabemos. Felizmente ele chega e nos joga na cara a verdade. Aos 32 do primeiro tempo, aconteceu. Conheci e me apaixonei pela mãe. Ela já apareceu aqui algumas vezes. Linda. Olhos encantadores. Não apenas os olhos. Uma grande mulher. Às vezes, ela mesmo duvida disso. E outros, quem sabe talvez por causa dessa dúvida, e infelizmente por não a conhecerem, podem achá-la menor do que realmente é. Sei de sua gigantez e me sinto feliz por isso. WNDR Museum - 21 abr 24 E a gestação foi imediata. Quando falo imediata, é imediata mesmo.  A maioria dos pais têm que esperar, pelo menos, nove meses para ver o rosto daquelas ou daqueles que lhe trarão luz à vida. Eu, diferente desses, quando me apaixonei e fui correspondido, já e imediatamente me tor

Estava lendo hoje sobre um disco de Ben Jor que completa 50 anos neste ano de 2024 e me encantei com o quanto não sabia sobre o disco. Descobri também que pouco sabia sobre o cantor e sobre várias das músicas dele que eu ouço e sobre as quais nunca tinha parado para pensar e refletir. Parte da capa do disco A Tábua de Esmeralda de Jorge Ben, 1974 Agora à noite, estava pensando sobre o que escrever neste quarto dia antes do fim da jornada e não sabia sobre o que falar. Já tenho ideia do que falarei nos próximos três dias, mas sobre o de hoje, era uma incógnita. Aos poucos, quando vou encontrando temas que me interessam, vou rascunhando notas aqui nos rascunhos do Pensações. Depois eu volto a elas e escreve algo sobre as mesmas. Foi o que fiz ainda há pouco. Rolei a tela dos rascunhos e fui clicando em alguns dos temas anotados. Parei n

Mão na mão. Mãos © Mackenzie Melo Casa mentos. Coca da diet. Do "ci" mente. Livro. Ex citado. Nada, com puta dor. Ri só. Porém, A com panha dó. Música ou vida. Não. Há penas. Música É vida. Li da Vi da Na da Em Vão. Vêm. Par tem. Livros. Ficam. Ímã. Ir mãos. Juntas junto. Írmã(o)s © Mackenzie Melo  Sem pres sa. Vamos. De manos dadas risos muitos. Cês © Mackenzie Melo Amo vo seis. Mackenzie Melo 23 de Abril 2024 P.s.1: aos meus irmãos, com os quais eu vivi e convivi, brinquei e briguei, chorei e sorri, aperriei e fui aperriado, magoei e machuquei... peço perdão e não preciso perdoar já que a lembrança do amor que sinto vindo de vocês me abraça, me ajuda, me eleva, me fortalece e substitui todo e qualquer arranhão que porventura eu tenha sentido. P.s.2: Ked, Nem, Neno (Boy), Miminho e Vel. P.s.3: como dizer isso? Algo bem difícil, mas acho que entenderão. Fora os primeiro 5, tenho mais seis irmãos e sou grato a eles também, mas é uma gratidão diferente, já que, com eles não con

Eu sou muitos. Pedaços. Estáticos porém dinâmicos. Mosaico elefântico - © Mackenzie Melo Dezenas, centenas, milhares. Cada pessoa e coisa, cada ideia e silêncio, cada palavra e língua, cada formiga e elefante. Cada um de vocês.  Saibam ou não, estão em mim. Se movimentando. Me formaram e me formam, me formando em formação atual e futura. Por hoje. Para sempre.  Em estado de completude. Obrigado! Mackenzie Melo 22 de Abril, 2024 P.s.1: assisti a esse vídeo compartilhado por uma amiga no Instagram há alguns dias e simplesmente amei! Salvei e não sabia o que seria, mas iria usar. São todos vocês, se movimentando em mim a todo instante me fazendo mais e melhor. Obrigado! P.s.2: a imagem acima foi gerada por IA com base em minha descrição, utilizando os títulos de várias das postagens desta minha Estrada para 50.

Mar- Azul, em geral, é o que dizem ser a cor do dele. Pode ser verde também. Muitas vezes, é como o vemos. Nunca o vi ser "hazel" - cor de avelã.  Os seus olhos, MeuBem Chirles, sim! Como não amar esse sorriso? Se eu lhe perguntar, entretanto, sei que você dirá que são verdes. 😍 Como o mar, com sua quase infinitude - aos nossos olhos humanos - e sua multivariada coloração, profundidade e vida, os seus olhos, para mim, são pérolas de luz e alegria. Fontes de novos olhares, novas percepções e um milhão de outras coisas. Coisas já descobertas e muitas outras ainda por descobrir. Alegria, alegria! Elefantes são grandes - os maiores habitantes terrestres vivos a caminharem por nossa Terra. Deveriam ser fáceis de achar. Não são. Quer dizer, se vivemos perto deles, claro que os veremos com muita frequência e os veríamos imponentes e majestosos.  Tive procurando, recentemente, entretanto, alguma coisa com motivo de elefante para lhe dar de presente e, pense numa coisa difícil de ac

O que é dor? Respostas múltiplas e multifacetadas são possíveis a essa pergunta.  Minha intenção não é respondê-la. Decidi escrever utilizando isso, ou começar a escrever usando esse tema, pois, no Grupo Espírita Cantinho de Luz, onde frequento e trabalho semanalmente, o tema da palestra lidou com a temática. Caso queiram assistir, - recomendo - aqui está o link. A diversidade humana é algo que me estimula e me faz amar o fato de estar vivo e ter vida. Ao mesmo tempo, apesar de amar essa diversidade, não posso dizer que muitas das diferenças que vejo e enfrento são boas e que eu gosto de tê-las por perto. Esse aparente paradoxo é muito semelhante à dor. Quase ninguém gosta dela, mas sem ela, duraríamos muito pouco na vida. Assim, mesmo sem gostar dela, precisamos aprender a amá-la por ser necessária. Não procuremos a dor, pois ela vem, mesmo sem a querermos por perto. Se a procurarmos, portanto, mais dores virão.  Ao mesmo tempo, no momento em que ela chega - por mais difícil que seja

Ontem foi dia 18. Hoje é o dia do Índio. Quer dizer, não é mais. Hoje se chama Dia dos Povos Indígenas.  Parte do mural Etnias, de Eduardo Kobra Tudo no mundo muda. Há dias que estamos vivos e outros, mortos. De fome inclusive. Amor de índio - Beto Guedes Há momentos de nascer e hoje é o dia do aniversário de uma das minhas evangelizadoras. É assim que, no Espiritismo, chamamos as mulheres que, professoras, nos mostram os conceitos cristãos dentro das casas/grupos espíritas ao redor do mundo. Tia Sandra, do coração. Duas coisas marcam, em mim, sua vida. O Pensar e o Ensinar. Ambos sempre sorrindo e fazendo sorrir, o que tornam essas tarefas um deleite. Tia Sandra Borba Imediatamente, na lembrança do nascimento dela, entretanto, vem uma outra. Só que de uma partida. Há momentos de ir, não é, Tia Alba Tavares? Também minha evangelizadora. Também marcante. Presença forte, firme e doce! Tia Alba Tavares Aniversário de chegada e de partida.  Mudança.  Dia de comemoração e saudade. Aqui e ac

Hoje é um dia especial. 18 de Abril. Um novo arco-íris, inesperado. Leominster, MA 18 é um número especial, pois é múltiplo de 3 e de 9. Meus preferidos. E hoje só faltam 9. Mas essa é outra história. 167 anos atrás, neste dia 18, nascia uma nova Luz para a humanidade: O Espiritismo. Se sou quem sou hoje, cheio de defeitos, defeitos, mais uma pitada de defeitinhos além de uns átomos de qualidades, mas me esforçando para aumentá-las, devo muito ao que o Espiritismo me deu e me dá. Tento me emprestar ao máximo para devolver ao mundo parte do conhecimento, alegria e vida que recebo dele, mas, preciso confessar - sem estresse - que sinto me dar pouco... Quem sabe possa melhorar mais com o passar do tempo, afinal, tenho a eternidade pela frente. Essa ideia de ter a eternidade pela frente, entretanto, pode ser uma faca de dois gumes. Se por um lado a gente sabe que vai poder fazer muito, sempre, muitas vezes usamos essa possibilidade como certeza e, em vez de fazer logo, deixamos pra depois.

Essa palavra é interessante. A palavra colega também é. Todos temos, tivemos, teremos. Certamente que hoje somos quem somos por termos tido vários. Alguns se tornaram amigos. Outros, espero que poucos, inimigos ou desafetos. A maioria permanece, permaneceu e permanecerá colega ou será esquecido. Sou grato a todos. Amigos, inimigos, indiferentes, esquecidos... Cada um deles, sem exceção, como tudo que acontece em nossas vidas, deixou uma marca em mim. Mesmo que pequena e quase invisível ou uma marca gigante e inesquecível! Hoje quero homenagear e agradecer a todos os que já tive, tenho e terei. Faço isso lembrando de uma que foi colega de trabalho, tornou-se amiga e o tempo e a distância nos afastaram. Isso, entretanto, não arrefeceu minha admiração por ela. Ela permanece em Natal e eu aqui. Ela cantando e eu engenhando. Ela também é engenheira, mas não exerce. Eu só canto (mal) no karaokê. :) Impressões (1997), seu primeiro álbum. Valéria Oliveira, cujo aniversário é exatamente hoje, é

Ouvi, ou li em algum lugar, que a base das piadas bem sucedidas é a subversão da lógica. A fuga do esperado e sua troca pelo inesperado. Bom, pelo menos para mim, as melhores têm esse gosto da coisa simples e instantânea, inesperada que "faz cócegas no cérebro", como dizia um humorista que não lembro quem, bem. Não sou um bom piadista. Sou um bom ouvinte de piadas, entretanto. Mesmo das piores, as sem graça, quer dizer, eu rio. E talvez seja dessas que eu mais rio. 😁 Lembro de um quadro em uma história em quadrinhos de Daniel Azulay da Turma do Lambe-Lambe - ah, como eu amava assistir seus programas ensinando a desenhar... - onde Xumbrega, o cachorro de Gilda, estava em uma corredeira num rio, morrendo de medo de morrer e pensando na dona: "- Se eu morrer a Gilda me mata!" 🤣🤣🤣 Lembro de ter rido tanto disso, mas tanto que ainda hoje, quase, ou mais de, 40 anos depois, ainda me recordo e ainda rio da mesma bobagem. Ah, as coisas simples da vida que nos fazem enxe

Eu era criança, talvez uns 10, 11 anos. Recife. Férias. Lindos dias. Lembro de doce de caju. Não aqueles cremosos de colher ou aqueles duros, que se comem cortados. Os cajus eram em calda. Água. Na boca. Saliva doce e lágrima salgada. O apartamento era no primeiro andar. Depois de anos morando em casa, no térreo e tendo sido inundadas algumas vezes, se mudaram para mais perto do céu. Tia Arlete e Vozinha Áurea. Professoras de quem eu sou hoje. O doce não podia ser comido na hora que me desse na telha. Tinha a hora certa. E isso, hoje entendo, o fez ser ainda mais gostoso e desejado! Jonathan Willows Seagull - © 2024 - Mackenzie Melo  Fernão. Foi lá que li pela primeira vez. Permanece comigo. Gaivotas? Só lembro de tê-las visto ao vivo aqui onde moro agora. Lembrem-se, entretanto: minha memória é péssima! Conchas e cócoras © 2024 - Mackenzie Melo Ontem, com meu neto, as vimos juntos. Ele, muito mais interessado nas conchinhas e em joga-las na água. Eu, muito mais interessado nele! Peque