Como andam nossos pés?


Todos nós - bem, quase todos - têm pés e deles dependem para se sustentar. São como nossas raízes. Apenas móveis.

Outro dia desses estava lendo um reportagem sobre a importância das meias e o quanto elas ajudaram a melhorar a saúde das pessoas, permitindo que os pés possam permanecer mais secos e absorver menos sujeira e imundície do chão.

Hoje me deparo com essas duas pinturas acima: quadros que mostram apenas os pés. Essas pinturas, entretanto, me intrigaram pois me pareceram - de certa forma - familiares. E então descobri que fazem parte de uma campanha publicitária que ganhou o prêmio máximo em Cannes

A campanha foi pensada para a companhia Kiwi Shoe Care e realizada pela agência Ogilvy

Entretanto não foi da campanha que as achei familiares, mas sim do estilo de pintura. Só que não sendo especialista em pinturas, não souber dizer o que era ou quem as tinha pintado. Até, claro, ver os corpos que acompanhavam esses pés.

Aqui estão eles. 


Reconheceu? Eu também. A Mona Lisa de Da Vinci e um Van Gogh por Van Gogh.

Ver essa campanha me fez me perguntar quantas coisas nas nossas vidas nós damos por certas e nem sequer pensamos nelas até o momento em que as perdemos. Sempre observamos essas e outras pinturas que mostram apenas o torso e nem sequer pensamos - sei que vai ter alguém aí dizendo que já pensou nisso, e eu acredito pois eu faço isso muitas vezes - em como eles estão sentados, se estão calçados ou descalços, se estão pelados da cintura para baixo, etc. 

Até que vem uma mente que pensa fora do convencional e nos faz dizer: nossa, como nunca pensei nisso antes? Ou melhor, mesmo que tenha pensado, "nossa, porque nunca fiz isso? Já tinha pensado nisso antes... Poderia estar famoso agora." :)

A minha pergunta, entretanto, é mais para dentro de nós mesmos. Qual importância damos às coisas que não vemos, mas que sabemos ser tão importantes para nossas vidas?

Já dizia o viajante através das boca de uma raposa a um certo principezinho: "é somente com o coração que podemos ver corretamente; o essencial é invisível os olhos." Ao que o pequeno responde "O essencial é invisível aos olhos" como que para não esquecer a lição...

Espero que você ainda esteja vendo seus pés, mas que ainda também os considere essenciais.

Cuide bem deles.

Cuide bem de você.

Não estou lhe vendo agora. 

Você é essencial!

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