Holocausto e Amor
(Memorial ao Holocausto de New England)
Boston, MA - 16/07/05
Algumas coisas são muito difíceis de descrever. A guerra é uma delas.
Quantos filmes, livros, e memórias já não foram escritas sobre as guerras do mundo inteiro? E sobre a Segunda Guerra mundial, a maior de todas até hoje? Inúmeros registros, inúmeras tentativas de compreender o que levou, e infelizmente, ainda leva o homem a matar seus semelhantes.
Hoje estive pelo centro da cidade de Boston e parei um pouco para olhar mais uma vez o memorial erguido em lembrança dos judeus massacrados pela loucura humana entre os anos de 1939 e 1945.
Seis torres de metal e vidro. Nos vidros, seis milhões de múmeros encravados, de 0.000.001 a 6.000.000. nos pisos das torres, um ar quente sopra de baixo para cima, como que a nos relembrar o calor pelo qual os mortos passaram. Cada torre tem um nome. Os nomes são dos seis principais campos de concentração nazistas. Majdanek, Chelmno, Sobibor, Treblinka, Belzec e Auschwitz-Birkenau.
Entretanto, apesar de difícil de descrever, a guerra um dia acaba.
Algumas coisas são muito difíceis de descrever. O Amor é uma delas.
Quantos filmes, livros, e memórias já não foram escritas sobre o amor no mundo inteiro? E sobre a Jesus, o maior de todos até hoje? Inúmeros registros, inúmeras tentativas de compreender o que levou, e felizmente, ainda leva o homem a tentar seguir os passos dos iluminados, os passos do amor.
Na foto que postei acima, coloquei uma frase dita por uma sobrevivente do Holocausto nazista. Gerda Weissman Klein é o seu nome. E ela nos conta na frase que me pescou quando por lá passeava:
"Ilse, uma amiga de infância, um dia encontrou uma framboesa no campo e carregou-a em seu bolso por todo o dia para me dar de presente à noite numa folha de árvore. Imagine um mundo no qual todas as suas posses se limitam a uma framboesa e você a entrega a um amigo."
Dizem que um imagem vale por mil palavras. Mas como descrever essa história de apenas 48 palavras (na versão em inglês) em uma imagem? O amor não precisa de só palavras. O amor precisa de pensamentos, de palavras, mas principalmente de ações, de atitudes.
Exemplos como esse de Ilse, podemos encontrar diariamente, mesmo nesse mundo de guerras. Mas a principal pergunta não é se podemos encontrar desses exemplos. A principal pergunta é, será que nós temos dado exemplos assim em nossa vida? Ou será que temos muito mais é feito guerras? Guerras íntimas, guerras nas famílias, guerras no trabalhos, nas empresas...
Sabemos que apesar de difícil, as guerras acabarão. Demorará, mas acabarão. O Amor não. O Amor não acabará. "O Amor cobre a multidão de pecados". Mas para que ela cubra uma multidão, nós temos que fazer a nossa parte.
Entretanto, apesar de difícil de descrever, o Amor nunca acaba.
Comentários