Equilíbrio

Remédio KaletraÉ difícil encontrar o equilíbrio das coisas, que o diga Cristóvão Colombo quando foi tentar colocar um ovo em pé! Até hoje existem discussões se essa história é verdade ou não. Bom, mas não vem ao caso.
O que quero falar mesmo é sobre um outro equilíbrio, o equilíbrio social. Se equilibrar um ovo, imaginemos a sociedade. Mas tentativas tês sido feitas, somos testemunhas disso, apesar de caminharmos a passos que alguns acham lentos. Eu particularmente acho que esses passos são de acordo com os nossos passos em nossa vida particular. Se o mundo caminha lento é que ainda não aprendemos a caminhar mais rapidamente como indivíduos.
Símbolo da Campanha Anti-AIDS feita com pessoasBom, mas por que essa foto de remédio aí? Vi uma notícia interessante na Folha Online e quis compartilhar. O Brasil é o primeiro país a quebrar a patente de um remédio contra a AIDS no mundo. No momneto que li, me coloquei no lugar do laboratório que gastou milhões nas pesquisas sobre esse remédio e que hoje lucra com a sua venda para o mundo inteiro. Não achei que ia gostar. Mas depois me coloquei no local dos que têm AIDS e cujos governos pagam por seus tratamentos.
Equilíbrio. É difícil encontrar.
O que o Brasil fez (e que não foi o primeiro - os EUA por exemplo já quebraram a patente de um antídoto contra o Antraz) foi mostrar que o remédio pode ser produzido bem mais barato por uma outra empresa e muitas pessoas irão se benficiar com isso. Naturalmente, para que não se saia só um lado ganhando, a proposta do Brasil é que a empresa que o produz hoje possa vender o remédio ao Brasil no preço que ele seria fabricado lá. Caso a empresa aceite, não haverá necessidade de a Fundação Oswaldo Cruz fabricar o remédio e não haverá perda total para a detentora das patentes. A reportagem da Folha ainda afirma que o preço em que o remédio é adquirido hoje é US$1.17 e no Fundação Oswaldo Cruz conseguiria fabricar a US$0.68. Seria quase 50% mais barato. Isso é muito significativo, pois da compra de todos os remédios que o governo dá aos portadores de HIV, o Kaletra repesenta 1/3 do preço total.
Esperemos que os acordos sejam firmados para que ninguém saia perdendo. Nem a Empresa, nem o Governos Brasileiro, nem, e principalmnete, os doentes de AIDS.

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Folha Online

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